sábado, 14 de abril de 2012

CAP 09 - True Feeling


A nossa propriedade agora era arranjar-mos um sitio, para passar ao noite. Após vários quilómetros a vistamos uma pequena loja mais precisamente um spa, desliguei a moto e camuflei-a, Tsubaki entrou primeiro na loja e depois eu. Aproximei-me dela passo-lhe a mão no ombro, mas ela repeliu-a de mediato.

  - Tsubaki? – Intrigado com a reação dela.

  - Eu vou tomar um banho, ok? – Sem olhar para mim.

  - Ok. – Vendo-a afastar-se.

Enquanto Tsubaki não vinha do banho arranjei uma cama provisória para nós os dois. O tempo que ela demorava a vir, estranhei não parecia normal, então fui ao encontro dela, estava sentada no chão húmido a chorar toda encolhida com roube vestido.

  - O que se passa, Tsubaki? – Abaixando-me até ela, preocupado.

  - Desculpa-me, - Com os olhos cheios de lágrimas. – Sempre tiveste razão, no que dizias a respeito de Lois, devia ter-te dado ouvidos. Como fui uma estúpida.

  - Tem calma, ok. – Abraçando-a. – Ele já não pode fazer-te nada. – Beijando a testa dela.

  - Após teres ido embora, eles da noite para o dia mudaram completamente, - Apertando-me o braço. – as minhas amigas foram as primeiras, os gritos delas ainda permanecem na minha cabeça, depois foram os meus amigos, não sei o que lhe fizeram a eles....e depois....- Encolhendo-se ainda mais nos meus braços. – ele agarrou-me até meu quarto e... – Fechando os olhos com as lágrimas a verterem ainda mais.

  - Tsubaki…. – Franzido o sobrolho, cariciando-lhe o cabelo.

Como estou chateado comigo próprio, isto nunca havia acontecido se tive estado ao lado dela. Ajudei a levanta-la, ela sentou-se á beira da cama improvisada encolhida.

  - Toma, come este snack. – Mexendo-lhe no ombro. Mais uma vez ela afastou-se um pouco. Agachei-me diante dela. - Tsubaki, desculpa-me se estivesse ficado contigo....- Olhando para chão. – Compreendo que tenhas receio de mim como homem. Mas quero que saibas que esperei o tempo necessário, até sentires mais a vontade comigo. – Levantando-me.

  - Espera...Daryl- Chamando-me. – Eu...

  - Não te preocupes.

  - Não é isso. – Olhando para chão

Semicerrei os olhos, peguei-lhe na mão com delicadeza agachando-me de novo ao pé dela. Levei-a até junto ao meu peito ao pé do coração.

  - Eu amo-te Tsubaki, eu nunca iria fazer algo não querias.

  - Daryl. – Olhando agora para mim.

Mais uma vez aquele aroma leve e doce pairava no ar. Cariciei-lhe no rosto, e desta vez sem hesitar, envolvi os meus lábios com os dela, profundava o beijo gradualmente, nossas línguas envolviam-se, por diversas vezes. O desejo de tê-la era cada vez maior. Dos seus pequenos lábio, passo para pescoço, dando-lhe leves beijos, descia gradualmente aproximando-me dos seus seios.

  - Espera. – Impedido-me de continuar. – Podemos ficar por aqui?

  - Claro. – Afastando-me dela.

Tsubaki a levanta-se, lembrei-me de que ela ainda não tinha não tinha comido o snack.

  - Tsubaki, espera toma o teu snack. – Agarrando-lhe no braço. Vi que ela soltou um pequeno gemido de como tivesse tocado em uma ferida.

  - Tens alguma ferida no braço?

  - Não, não é nada. – Fechando mais o roube. 
 
  - Não vais tratar do braço?

  - Não vale a pena.

Achei muito estranho a reação dela, de não ir tratar da ferida, lembro daquela vez o quanto ela insistiu comigo para tratar daquele insignificante arranhão que tinha no braço.

  - Então porque queixas-te quando agarrei-te o braço?

Ela olhou o chão sem encarar-me.

  - Então?

Tsubaki a levanta a manga do roube, a nódoa negra que tinha, pelo aspeto parece ter sido feita á pouco tempo e com bastante violência.

  - Esse nódoa negra.... aonde fizeste? – Olhando para ela serio.

  - Talvez fui encontra algo...- Rindo-se.

  - Não acredito em ti, eu conheço bem estás negras, a minha mãe também as tinha. Espera....... – Chegando a uma conclusão. – Foi ele não foi?

Tsubaki nada disse.

  - Ele vai paga-las. Ele agrediu-te mais algum lado?

  - Não, foi só braço. – Despachando-me.

  - Tsubaki... – Semicerrando os olhos. – Por favor...

Ela então começa a despir lentamente o roube, ficando apenas em cuecas tapando os seus seios com as mãos, não podia acreditar no que os meus olhos viam, o numero de nódoas negras que tinha pelo corpo, era imensas. Agora compreendo porque repelia a minha mão.

  - Tsubaki...- Abraçando-a com cuidado. – Desculpa-me....

  - Daryl. – Respondendo ao meu abraço.

Senti os seios dela no meu peito.

  - Ele não tinha esse direito. – Furioso.

  - Ele apenas agredia-me, quando dizia o teu nome. – Explicando-se.

Pelas inúmeras nódoas negaras, ainda foram bastante as vezes que me chamou. Beijei-lhe o rosto levemente, depois os lábios uma e duas vezes até que por fim caímos os dois para cima da cama improvisada, ficando por cima dela, acaricie-lhe o rosto, de uma forma muito tornurenta. Como Tsubaki era linda. 
 
  - Não me olhes....por favor – Com rosto virada para o lado envergonhada.

  - Porquê?

  - Porque agora estou impura, - Com as lágrimas a saírem-lhe dos olhos. – Estou suja. – Com as mãos do rosto. – Eu não sou digna de estar aqui contigo.

  - Mas eu quero estar contigo aconteça o que acontecer o que sinto por ti nunca vai mudar. – Destapando-lhe o rosto.

Tsubaki olha-me para mim com leve sorriso nos lábios.

  - Diz por onde começou ele?

  - Pelo pescoço. – Pondo-se a jeito.

Beijei cada centímetro do pescoço dela, a sua pele era muito suave.

  - Depois foi nas costas. – Voltando-se de barriga para baixo sobre a cama.

Nas costas dela prolongava a descida até á cintura, bem com até ao pescoço, nas zonas aonde tinhas as nódoas negras passava levemente os meu lábios, porque não queria que ela senti-se dores.

  - Amo-te Tsubaki, quero que sejas minha agora e para sempre.

Ela volta-se para mim sem palavras, á minha honestidade.

  - Eu quero ser tua. – Envolvendo seu braços á volta do meu pescoço, beijando-me nos lábios.

Beijava-mos mutuamente, para criar o clima. Tirei a minha camisola ficando de tronco nu, acariciava-lhe os seios com as mãos enquanto beija-lhe a barriga, por vezes chupava-lhe os mamilos, Tsubaki soltava pequenos gemidos de prazer o que excitava-me muito. Removi-lhe as cuecas vi que ela já estava pronta a ser penetrada, desbotei as calças e tirei para fora o meu pénis erecto e penetro-a.

  - Daryl ah.... – Retraindo-se um pouco.

Senti as unhas dela a ranharem-me as costas durante o acto. Beijava-nos diversas vezes. Envolve-mos as nossas mãos de maneira a não largar-mos mais o aroma dela era cada vez mais tenso.

  - Daryl... – Com prazer.

  - Tsubaki, estou a chegar ao meu limite.

  - Eu também. – Envolvendo-me outra vez o pescoço.

  - Não aguento....mais.... – Contendo-me.

Nesse instante ejeculo dentro de Tsubaki e deito-me em cima dela.

  - Estou feliz. – Abraçando-me.

  - Eu também. – Olhando para ela com os antebraços a fazer de suporto sobre a cama beijei-lhe a testa.

Cada um de nós tomou banho antes de deitar-nos. Na cama estávamos deitados, eu só com as calças vestidas e Tsubaki com roube, aconchegada a mim.

  - Desculpa por não ter dito logo o que se passava comigo.

  - Não tem mal, eu compreendo o por que de o teres feito. – Aconchegando-a ainda mais a mim.

  - Mas obrigada por teres voltado. – Já com os olhos fechados.

  - Afinal sempre tinhas razão, por vezes não faz mal em seguir o coração.

Fez-se silencio, apenas um ligeiro som quase inaudível ouvia-se no ar.

  - Tsubaki?!

Tinha adormecido, até mesmo assim ela fica muito bonita. Agora o que acontecer daqui para a frente farei todo para a proteger custo o que custar.
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CAP 08 - Rescue

Pelos sítios que já tinha passado com o meu irmão, não apresentavam grande perigo, alias vagamente havia perigo. A primeira noite que passei sem o meu irmão abriguei-me dentro de um carro, também camuflei a mota e principalmente usei a mesma tática que eu e o meu irmão usamos quando tivemos aquele encontro com grupo de mortos. Assim que o sol nascia fazia-me á estrada, cada quilometro que fazia a ansiedade aumentava mais para ver Tsubaki.
O que apanhou-me de surpresa, foi o grupo de mortos que encontra-mos da outra vez ao pé do sitio aonde encontramos os corpos dos sobrevivente devorados.

  - Bolas não posso ir por aqui. – Parando. – O que faço?- Pensando numa solução. – A única solução é ir pelo caminho mais longo.

Foi o fiz, mas um pouco contrariado, porque sabia que ia demorar o dobro do tempo a chegar a Cimarron, e com isso a noite pintou todo o céu de azul escuro, em que o luar acompanhava-a. Quando a vi a vedação metálica, parei diante dela, dei um leve suspiro, entrei pelo mesmo sitio que tinha partido, mas havia algo que pairava no ar que não parecia estar certo, por isso desliguei a moto para não chamar muita atenção com o ruído. Camuflei-a com as folhas que estavam no chão, antes de prosseguir para casa, averiguei o que se passava no acampamento entre as sombras das árvore. Algum tempo depois sai alguém da casa, era Lois notei uma ligeira diferença nele, vi que uma certa malícia no olhar dele.

  - Ei!!!! Lois!!!! – Chama um rapaz com as mãos sujas de algo.

  - O que se passa, Leo? – Olhando para ele.

  - Já tratei daquilo que pediste. – Com sorriso malicioso.

  - Ok, se quiseres podes ir divertir-te, mas não te esqueças das regras que pôs.

  - Ok, ok...

Leo entrou em casa enquanto Lois entrou no velho barracão, aproximei-me ás escondas do barracão lá ainda estavam os três carros. Um pouco estranho, o que esconderá ali dentro? Pouco tempo depois sai indo para casa e eu aproximo-me ainda mais, ouvi ligeiros gemidos, não dos mortos, mas de algo. Lá dentro vi um cenário macabro, os três amigos de Tsubaki estavam crucificados, dois dele não davam sinal de vida e o outro pelo menos tinha os olhos abertos.

  - O que se passou aqui? – Aproximando-me dele, vi que pelo corpo todo tinha vários golpes de navalha, e a roupa cheia de sangue, bem como os outros dois corpos.

As mãos daquele tipo...

  - Salva......a.....Tsubaki…..- Fazendo um esforço para falar. 

  - O que aconteceu?

  - Aqueles.....tipos..... – Começando a voz a falhar.

  - Vou tirar daqui.

  - NÃO!!!! Já.....é....tarde....para....mim.

  - E as outras?

  - Não.....sei....bem....o....que....aconteceu-lhe.

De repente ouço passos ao longe de alguém, por isso saio de maneira a que ninguém visse-me.

Tenho que encontra Tsubaki o mais rápido.

Antes agir fui para um sitio aonde pudesse analisar a movimentação da casa e do barracão. Eu sabia que no total era quatro, um deles vigiava a entrada da casa, Lois foi quem entrou no barracão selando-o, de certeza absoluta que foi tortura-lo, um deles ainda deve estar em recuperação e o outro deve estar algures dentro de casa, a melhor maneira de fazer isto será atacando um a um, agora tenho que achar o tempo certo.

O que estava dentro de casa saio, para falar com rapaz que vigiava a entrada. Depois disso afastou-se dele, aproximando-se da zona aonde vigiava, apercebi-me que ele ia para parte mais isolada do acampamento, então segui-o pelas sombras, é claro que ficou desconfiado.

  - Neo, és tu? – Olhando em sua volta. – Meu pára com isso, não tem graça sabes muito bem que odeio isso. – Esperando uma resposta. – Neo?

Ele volta-se para frente, foi pelas costas que o surpreendo agarrando-lhe pelo pescoço, com a navalha apontada a ele.

  - Mas que raio!!!!????- Tentando soltar-se.

  - A onde está Tsubaki? – Serio.

  - Oh….és aquele tipo. Já vens tarde, meu.– Rindo-se.- Perdes o teu tempo.

  - A onde está ela? – Aproximando ainda mais a navalha ao pescoço.

  - Vai para o inferno.

  - É ultima vez que pergunto-te, a onde está ela?

Ele apenas riu-se. Num segundo degolo-o sem hesitar e regresso ao posto de vigia, Lois ainda continuava no barracão, o vigia tinha adormecido, por isso acerquei-me dele sem fazer muito barulho, em segundos parto-lhe o pescoço com ajuda das mãos, deixei-o estar no mesmo sitio para não levantar suspeitas. Em casa o silencio recebia-me, cada passo que dava dentro da casa era com cautela, no segundo piso presumi logo que fossem os quartos por causa das varias portas que se encontravam lá, algumas delas estavam abertas, semiabertas e só uma fechada, deduzi logo que fosse o quarto de Theo. Dentro dos quatros quartos de portas semiabertas o cenário macabro era notável todas as amigas de Tsubaki, tinham suicidado, duas enforcaram-se e as outras duas com corte profundo no pulso, todas elas estavam seminuas. Aquilo que queria advertir acabou por acontecer. Os quartos de portas abertas pertenciam aos rapazes do barracão. Agora só um quarto restava, abri lentamente a porta, Tsubaki estava sentada numa cadeira, olhando a paisagem, seu cabelo dançava ligeiramente com a brisa nocturna.

  - Tsubaki? – Num tom baixo.

A principio olhou-me muito surpreendida sem reação, só depois é que levantou-se e aproximou-se de mim. Tocou-me varias vezes no rosto para ter a certeza que era verdade o que estava acontecer.

  - Sempre vieste.... – Sorrindo-se, com as lágrimas nos olhos.

Talvez fosse impressão minha, mas Tsubaki parecia mais magra.

  - Pareces mais magra. – Passando-lhe a mão pelo rosto.

Ela abaixou o olhar para chão semicerrando os olhos, com as lágrimas a caírem-lhe dos olhos.

  - Ei... tem calma eu estou aqui. – Abraçando-a. – Vou tirar-te daqui.

  - Espera!!!

  - O que foi?

  - Ouve.

Pelos passos rápidos e pesados sobe logo que tinha sido descoberto.

  - Ele vem ai.... – Apavorada.

  - Fica aqui, eu trato dele.

  - Ok.

  - Aparece eu que estás ai. – Já no corredor, num tom alto. – Não tens como escapar.

Escondi-me atrás da porta do quarto e Lois entra devagar.

  - O que se passa, Lois? – Sendo ignorante.

  - Parece que temos visitas. – Aproximando-se dela.

  - Como assim?

Olha-a com malícia, agarra-lhe pelo queixo com alguma violência.

  - Espero que não tenhas nada haver com isto.

  - Não. – Tremendo a voz.

  - Assim espero. – Soltando-a com brusquidão. – Hoje apetece-me divertir. – Com grande malícia nos lábios.

Tsubaki vira o seu rosto. Ele abaixa-se até ela pegando-lhe outra vez no queixo, aproximou seus lábios aos dela, Tsubaki apenas fechou os olhos. Não consegui conter a raiva que tinha por isso, investi-lhe um soco no rosto com violência, tombando-o para lado, ele olha-me.

  - Afinal eras tu... – Rindo-se.

Olhei-o com frieza.

  - Tu nunca enganaste-me desde do primeiro dia.

  - Pois.... – Levantando-se com a mão atrás das costas, aproximando-se rapidamente de Tsubaki, fazendo-a de refém apontado-lhe uma arma há cabeça.

  - Tsubaki!!!!

  - Nem penses, em fazer algo. – Serio. – Alias tu nem te atreverias, verdade? – Rindo-se como maluco psicopata.

  - Afinal, o que ganhas com todo isto? – Serio.

  - É o que faço para sobreviver, - Com a maior naturalidade do mundo. – entro nos grupos, ganho a confiança dele, desfaço-me do líder e depois faço o que eu quiser.

Cada palavra que dizia enchia-me cada vez mais de raiva. Tsubaki começou a choramingar.

  - Não tinhas, esse direito.

  - Os teus amigos nunca me interessaram, apenas tu. – Sussurrando-lhe ao ouvido. – Digamos que és uma espécie de troféu para mim. – Beijando-lhe o pescoço. – Só meu.
Dei um passo em frente .

  - Ei!!! Não te armes em espertalhão. – Serio para mim. – Queres que te conte algo interessante, Daryl?

Não respondi-lhe.

  - A tua querida aqui é muito boa na cama.

Franzi o sobrolho com raiva.

  - Cada canto do corpo dela, pertence-me. – Dando outro beijo no pescoço. – Ainda me lembro dos gemidos que deste, enquanto comia-te.

Os olhos de Tsubaki encheram-se de lágrimas, bem como abraçava o seu corpo.

Aquele sacana vai paga-las. Como custava-me ver ela assim.

  - E agora o que faço contigo? – Olhando para mim.

Não podia fazer muito, porque podia por Tsubaki em perigo. Tem de haver uma maneira para contornar isto. Nesse momento Tsubaki agarra na mão de Lois tentando tirar-lhe a arma.

  - Sua cabra, vais ver. – Empurrando-a com violência.

Nesse instante tiro a minha navalha do bolso e espetando-lhe numa das pernas dele, queixa-se em voz alta com dores caindo no chão, ainda apontou-me a arma mas retiro-lhe a da pose dele.

  - Estás bem, Tsubaki? – Levantando-a.

  - Sim.

- Cabrão.... – Irritado.

Aproximei-me dele, só apetecia-me parti-lhe a cara toda, peguei-lhe pelo colarinho, pondo a minha navalha ao pescoço dele.

  - Força, segue o que teu instinto diz.

Ainda demorei a responde-lhe á provocação.

  - Daryl, não o faças – Pondo a sua mão em cima da minha.- Deixa-o, tu não és como ele.
Lois olhou-nos com raiva.


  - Isto não vai ficar assim, quando encontrar-te vais paga-las.

Deixamos ele a falar sozinho, no corredor Theo viu-nos, nada fez apenas foi ter com Lois ao quarto coxeando. Cá fora levei Tsubaki pela mão até á mota, removi as folhas de cima dela, Tsubaki olhava para chão um pouco distante.

  - O que se passa? – Agarrando-a as suas mãos.

  - Não é nada a serio.

  - Sabes que podes contar-me. – Beijando-lhe as mãos.

  - Sim eu sei.

Notei um certa hesitação na voz dela. Liguei a mota.

  - Anda, sobe.

Ela agarra-me pela cintura, cada metro que afastava-mos do acampamento, sentia-mos menos tensos. O nosso destino agora é irmos para Atlanta. Senti a cabeça Tsubaki nas minhas costas, não podia estar mais satisfeito, de tê-la comigo.
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CAP 07 - Farewell

Hoje é dia da nossa partida, para dizer a verdade não sentia-me com espírito de estar feliz, ao contrario do meu irmão. O grupo de Tsubaki fez questão em despedir-se de nós.

  - Obrigada por tudo Merle-san. – Diz uma das amigas de Tsubaki.

  - De nada, senhoras. – Esfregando a cabeça.

  - Toma, está aqui o pagamento que prometi. – Diz Tsubaki levando uma das quatros caixas médias até junto de nós.

  - Obrigada. – Abrindo a caixa. – Isto vai dar muito jeito. Já agora por caso não têm um carro que poças emprestar, assim facilitava a nossa viagem.

  - Sim claro sigam-me.

Para lá da casa não muito longe dela, existia um velho barracão, ao pé dele tinha quatro veículos, um deles reconheci logo, porque foi quando os quatro rapazes e Jiro levaram para viajar.

  - Força, escolhe o que quiseres.

  - Ok, então deixa-me fazer uma breve analise. – Aproximando deles.

Merle levou alguns minutos a decidir-se qual dos carros era o mais razoáveis. Por vezes olhava Tsubaki pelo canto do olho, a expressão neutra do rosto dela, era-me difícil de saber o que pensava, mas é claro que não era muito difícil de adivinhar a resposta. A leve brisa que pairava no ar, fazia dançar o cabelo dela, afastava-o com delicadeza do rosto, pondo-o para trás da orelha.

  - Este serve para o efeito. – Diz Merle acenando-nos.

Aproxima-nos os dois do veiculo com certa distância entre nós.

  - Ainda bem que serve. – Diz ela contente.

  - Bem, vou ligar este “bebé” e tu Daryl põe as caixas no porta bagagens, ok?- Entrando no carro.

  - Ok.

Mais uma vez ela autonomamente ajudou-me a arrumar as caixas.

  - Bem parece que já está. – Satisfeita.

  - Sim. – Sem olhar para ela.

O silencio meteu-se entre nós em grande escala, por vezes os nossos olhar cruzavam-se por breves segundos.

  - Tsubaki – Inicie por fim. – eu--

  - Espero que tudo corra bem na vossa viagem. – Com pequeno sorriso. – E que consigas encontrar aquilo que procuras.

  - Sim claro... – Não encarando-a.

  - Então é para hoje que vais entrar no carro ou não, rapaz? – Diz Merle um pouco irritado de esperar.

Olhei para ele e depois para Tsubaki, nada fiz-lhe ou disse, simplesmente afastei-me dela. Entrei no carro, pelo retrovisor direito vi claramente a tristeza nos seus olhos, é claro que desviei o meu olhar porque odiava vê-la assim.

  - Aqui vamos nós. – Arrancando com carro.

Quase todos do grupo acenavam com braço dizendo-nos adeus. Não sei o que Merle tinha em mente como destino.

 - Para onde vamos?

  - Atlanta. – Olhando para mim.

Se calhar ouviu a conversa entre mim e Tsubaki, claro que não era nenhum segredo, mas...

  - Não foi de Tsubaki, de quem ouvi mas sim do doutor chinoca o Jiro. – Rindo-se. – Foi numa vez em que ele viu-me o treinar as senhoras e na pausa do treinos contando-me.

  - Ok.

  - Alias, como viajamos sempre sem destino, agora para variar um pouco fazemos uma com destino.

  - Hum...

  - Isto vai ser uma longa viagem, meu rapaz.

Nada disse, apenas olhava pela janela fora com a bochecha apoiada na mão com cotovelo a fazer de suporte. Durante a viagem por vezes Merle cantarolava pequenos refrões de musicas, ás vezes nem mesmo eu sabia o cantava. Vários pensamentos preenchiam-me a mente muitos deles era da Tsubaki.

O que estará a fazer ela agora? Ela disse-me que o seu grupo iria também até Atlanta, se for assim farei as coisas diferentes, apesar de...Olhando ligeiramente para Merle. Não sei como ele irá reagir.

As horas que se seguiram da viagem a paissagem era quase sempre a mesma, bosques, casas abandonadas com algum mortos a vaguearem ou então carros abandonados nas bermas da estrada ou mesmo nela.

  - Estás muito calado, para o meu gosto, rapaz. – Olhando para mim por breves segundos. – Não estás ansioso por chegares a Atlanta?

  - Hum. – Continuando a olhar pela janela do carro sem muito interesse na pergunta.

  - Bem que entusiasmo. – Um pouco desapontado. – Era capaz de dizer que não estás com muita vontade.

Suspirei.

  - E estou apenas não dormi grande coisa. – Esclarecendo-o.

  - Pois claro. – Não acreditando muito na minha resposta. – Lembras-te daquela vez em que o pai quis que fizesse-mos equipa para a caça?

  - Claro que lembro-me como podia esquecer, tu serves-te de mim como um isco, mas no final foi eu quem salvou-te o cu. – Sorrindo-me.

  - Sim é verdade, mas sabes o velho nunca teve coragem de te dizer o quanto ficou orgulhoso de ti pelo teu desempenho. – Com certa nostalgia e tristeza também.

  - Não sabia disso.

  - Bons velhos tempos.

  - Merle achas que algum dia podemos voltar a ter uma vida normal?

  - A isso não sei responder-te, mas isso acontecer a primeira coisa que iria fazer, era ir a uma tasta para beber uns copos e engatar miúdas boas.

Agora tenho a certeza absoluta que ele nunca á de mudar.

  - E tu o que farias?

  - Eu.... – Prolongando a minha resposta.

De repente Merle pára o carro bruscamente, olhei em frente e o que vi não foi um dos melhores cenários de todos. Um grupo de mortos caminhavam na nossa direção, lentamente.

  - O que fazemos? – Disse. – Se sairmos agora eles notaram o nosso cheiro.

  - Já sei a melhor coisa a fazer é tapamo-nos com algo. – Merle olha para os bancos de trás. – Usa o revestimentos dos bancos. Talvez resulte.

  - Ok, é para já. – Tirando a minha navalha. Rasguei com alguma rapidez o revestimento. – Toma fica com este. – Dando-lhe. – E este é para mim.- Acabando de tirar o meu.

Tapamo-nos até á cabeça, depois deitamo-nos nos bancos e por fim encolhemo-nos, o mais possível ficando imóveis mas antes Merle desliga o motor do carro. O ruídos deles ficada vez mais audível á medida que aproximavam-se, o que certa forma tornava-se irritante, e a lentidão que duravam a passar parecia uma eternidade, mas no final sempre acabaram por passar.

  - Acho que safamo-nos de boa. – Merle destapando-se e olhando sorrateiramente pela janela do carro.

Mas afinal o que fazia aqui tantos mortos juntos?

  - Vou dar uma vista do olhos. – Saindo do carro.

Eu também o fiz o mesmo, levei comigo a minha arma de flechas automáticas. Pelas nossas sombras apercebi-me que o sol do meio dia já ia alto. Avançamos lentamente pela estrada, não existia muitos carros abandonados na via, por um lado ainda bem assim passava-mos sem problemas.

  - Espera. – Detendo-me Merle. – Olha. – Passando a mão em algo vermelho que tinha num carro. – Será sangue? – Desconfiado.

Alguns metro de nós vi o que pareciam ser corpos de pessoas, pela tonalidade vermelha que cobria a zona dos corpos de certeza que era sangue.

  - Ali, Merle. – Apontando para o sitio.

Aproximamo-nos do local e o cenário era macabro, porque todos os corpos, tinham sidos mordiscados, para não falar dos rostos desfigurados de todos eles.

  - Devia ser algum grupo de sobreviventes. – Disse.

  - Sim e pelo resultado não foram muito bem sucedidos na fuga.

O que veio-me logo á cabeça foi Tsubaki e o seu grupo. Eles na mudança para Atlanta podem ser surpreendidos pelos mortos, se isso acontecer.... Nem quero pensar.

- Ei!!! – Diz Merle pondo-me a mão no ombro, acordando-me dos meus pensamentos. – Vamos sair daqui.

Voltamos a entrar no carro e continua-mos a viagem. Até ao anoitecer fomos em silencio. Parámos numa berma da estrada, e lá fizemos o nosso “acampamento” dentro do carro, por que lá fora, seria suicídio já que eles andavam vagueavam por ai. Fui eu quem fez o primeiro turno, enquanto Merle dormia de costas voltadas para mim, olhei para pequena flor de Tsubaki, aquele doce e leve aroma que emanava era agradável. Fechei meus olhos por momentos aquele pequeno buraco de sofrimento que apoderava-se do meu coração, diminua-a por breves segundos, mas ao abri-los, aumentava mais um bocado. Tinha saudades de toca-lhe no rosto, no cabelo suave dela, mas cima de tudo de tê-la nos meus braços, protegendo-a. Porque não fui sincero para com ela acerca dos meus sentimentos? Passando a minha mão pelo meu cabelo enquanto olhava o tecto do carro.

  - Tsubaki.... – Em murmuro.

Guardei a flor e horas depois Merle acorda.

  - Agora é a minha vez. – Com genica.

Voltei-me de costas para ele simplesmente e fechei os olhos á espera que o sono viesse.
A claridade do sol, acordou-me lentamente, senti uma leve brisa nas minhas costas, voltei-me para porta do condutor, encontrava-se aberta, pôs-me logo em alerta, ouvi pequenos passos aproximar-se, peguei na minha arma já pronta para o que viesse. Nesse instante Merle aparece e surpreende-se comigo.

  - Então queres matar-me de susto, ou quê? – À espera que abaixa-se a arma.

  - Nada disso, apenas pensei que fosse algum morto. – Guardando-a.

  - Tive de ir mijar, não? – Rindo-se. – Tenho esse direito?

  - Sim claro. – Saindo do carro.

Troquei com Merle a vez de conduzir, porque a ultima coisa que queríamos era ter um acidente de carro, por ter adormecido ao volante. Por isso deitou-se um pouco antes de voltar outra vez ao seu posto. A viagem em si decorreu normalmente, sem grandes imprevistos, a não ser o meu irmão a ressonar levemente. Poucas horas depois desperta.

  - Assim sinto-me bem melhor. – Levantando-se.

As tabuletas que passavam por nós, informava-nos que existia uma estação de serviço perto.

  - Vamos até á estação de serviço. – Diz Merle. – Talvez lá encontramos alguma gasolina.

A zona estava completamente abandonada, nós os dois até surpreendemo-nos por não estar nenhum morto por estás bandas.

  - Eu vou ver as bombas de gasolina e tu vê se encontras alguma coisa nessa loja de convívio. – Saindo Merle do carro encaminhando-se para as bombas.

  - Ok. – Trazendo comigo a minha arma de flechas.

A loja não indicava indícios de que os mortos tenham, passado por aqui, simplesmente estava abandonada. Nas prateleiras existia comida de todo tipo, bem como sumos e até mesmo snacks, ao pé dá caixa registadora havia uma pequena moldura voltada para baixo, voltei-a para cima, nela tinha um jovem casal no fundo havia uma pequena frase. “Para sempre contigo”

Posei a moldura, com olhos semicerra, também levei alguma comida e bebidas. Na bombas Merle consegui-o ter sorte.

  - Rica sorte. – Contentíssimo. 
 
Pôs alguma comida e bebida no porta bagagem e outra parte ao pé de nós. Entrei no carro agora no lugar de passageiro, já que agora Merle estava apto para conduzir. Assim que terminou de encher o deposito entrou no carro. Mais uma vez o silencio ficou entre nós, após Merle ter arrancado com carro.

  - Afinal no que estás a pensar para deixar-te assim tão silencioso, rapaz? – Olhando para mim.
  - Em nada. –Continuando a olhar pela janela.

  - Tens a certeza?

Olhei-o um pouco intrigado por causa da pergunta dele.

  - Ainda penas nela, não é?
 
  - Não sei aonde tiraste essa ideia.

  - A serio? Então por quê ontem disseste o nome dela?

Ele ouviu-me.
 
  - E dai, o que tem? – Sem saber o que responder.

  - Ficas-te mesmo apanhadinho por ela. – Rindo-se.

Não disse nada.

  - Eu apanhei-vos varias vezes, juntos. – Num tom um pouco serio. – Apesar ter-te dito para afastar-te dela.

Continuei ouvi-lo em silencio.

  - Mas sabes, esse teu lado gentil sempre fez-me alguns ciúmes.

  - Ciúmes? – Um pouco surpreendido com ele.

 - Sim, lembras-te quando andava-mos na secundaria, sempre que arranjava uma miúda nunca durava mais do que duas ou três semanas com a mesma, enquanto tu o tempo a largava-se para meses. Nunca percebi muito bem o por que. Talvez por tu teres herdado a personalidade da mãe e eu a do pai.... – Suspirando.

Nesse momento Merle pára o carro.

  - Talvez é melhor regressares para junto dela. – Olhando para o volante.

Terei ouvido bem? Espantado.

  – O que se passa, rapaz?

  – Então e tu?

  – Eu o quê? Eu já sei tomar conta de mim, mesmo.

  – Não é isso.

  – Eu sei. – Olhando para mim. – Tu só viste comigo porque sou teu irmão, não foi? Porque era o teu dever, apesar do teu coração dizer outra coisa, verdade? – Semicerrando os olhos.

Nunca tinha visto este lado de Merle, nem parece ele.

  - Vá ponte a mexer. – Curvando-se para meu lado abrindo-me a porta do carro. – Não te preocupes nós voltaremos a encontrar, já sabes a onde encontrar-me, por isso......

  - Tens razão. – Dando-lhe um pequeno riso.

  - Vai logo antes que me arrependa do que estou a fazer, se quiseres tira o que precisares para levar.

  - Ok. – Saindo do carro.

Levei comigo uns snacks e agua para viagem de regresso. Aproximei-me do carro, Merle desce a janela.

  - O que se passa?

  - Nada, apenas quero agradecer-te, irmão.

Vi claramente que ele surpreendeu-se. Porque ele podia muito bem ter seguido viagem sem hesitar.

  - Ok, ok, ok já chega de cenas de lamechas. – Despachando-me.- Eu só fiz isto, porque de certo modo não tenho o direito de interferir com a tua felicidade. – Dando um riso. – Eu não quero que te tornes igual a mim, aliás eu NÃO quero outro eu de mim, já basta eu. – Num tom brincalhão.

  - Ok, compreendido.

  - Vi a uns metros mais atrás uma mota, deu-me a sensação de estar em boas condições, mas não tenho a certeza. De qualquer forma faz boa viagem.

  - Tu também.

Merle desaparece no horizonte. A mota em si não estava assim muito longe era um modelo 71 Triumph com motor 69, não tinha danos graves apenas alguns arranhões, para minha sorte tinha as chaves na ignição, nela também tinha umas pequenas bolsas de lado, lá pôs a comida e a agua. Liguei-a, tudo funcionar normalmente. A viagem que agora tinha em mãos ia ser longa, mas iria valer a pena fazê-la.
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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Ultimos Cap.

GOOD JOB

Meus adorados leitores é para informar-vos que as Fic "Tiny Memories" e "O que...?" estão nas rectas finais ^_^

O que...? - falta-lhe apenas um cap.
Tiny Memories - Já tenho os cap's 7, 8 e 9 escritos, agora é só rele-los. E depois escrever os dois últimos cap. 

É todo por agora :)

sábado, 7 de abril de 2012

Estreia: ""School Rivals""


Mais uma fic que estreia, eu sei que demou um bocado a sair, mas aqui está. ^.^
Espero que gostem desta fic em particular é a minha favorita. Depois eide publicar a musica de abertura e de encerramento da primeira temporada. Bem não vós masso mais boa leitura.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

CAP 06 - Between Reason and The Heart


Não consegui dormir a noite toda, na tenda olhava para as minhas mãos pois ainda sentia o delicado corpo de Tsubaki nelas. Levantei-me antes de todos, cá fora o amanhecer era incrível, por alguns momentos parecia que tinha voltado outra vez para o mundo real pois era esta hora que acordava quando ia caçar, antes do surto, mas por pouco tempo pois o líder do grupo dos rapazes, já estava em movimento. É claro que achei estranho de ele estar já em movimento, observei-o atentamente o que ia fazer, mas ele apenas foi ao carro buscar algo e depois foi-se embora.

Tsubaki foi a terceira pessoa acordar, o sol já começava reconfortar o ambiente em seu redor. Ela espreguiçou durante algum tempo, começou a falar com líder durante algum tempo. Pela expressão facial dela pode dizer que foi algo de bom.

Ela vê-me e acena-me com sorriso.

  – Bom dia Daryl. – Aproximando-se de mim.

  – Bom dia.

  – Bem nem imaginas o que aconteceu ontem depois de chegar a casa, um dos meus amigos veio ter comigo muito preocupado com a ferida de Theo, isto porque ela não queria estancar - Rindo-se.

  – Hum.....

  – Mas no final lá consegui. – Satisfeita. 

  – Pensas-te naquilo que te disse?

  – O quê?

  – De partires com o teu grupo daqui.

Ela suspirou.

  – Desculpa-me Daryl eu sei que preocupas-te comigo, mas nós não vamos a lado nenhum.

  – Ele não é de confiança. – Insistindo.

  – Outra vez essa conversa. – Um pouco chateada. – Porque não dás uma oportunidade ao Lois? Por que não vais falar com ele, para o conheceres melhor? – Sugerindo.

Nesse momento Lois chama Tsubaki interrompendo a nossa conversa.

  – Queria saber qual destes dois medicamentos é para as dores de cabeça? – Amostrando-lhe.

  – É este aqui, o azul.

  – Obrigada, Tsubaki.

Vi Lois a passar ligeiramente a mão no cabelo dela, a ira invadiu-me o meu corpo de tal maneira, que não consegui deter-me.

  – Não lhe toques. – Agarrando-lhe o pulso, num tom alto.

  – Que estás a fazer Daryl? – Olhando para mim.

  – Meu, mas que bicho te mordeu? – Não percebendo a minha reacção.

  – Daryl, pára com isso. – Agarrando-me a minha mão ficando entre nós dois.

  – Não estás haver o que se está a passar aqui? – Serio.- Ele já começou a pôr o seu plano em marcha.

  – DARYL!!!

  – Ele quer apoderar-se do vosso grupo, - Olhando friamente.- mas para isso teve de eliminar Jiro.

  – Ei!!! Calma lá!!!! Estás a fazer acusações muito graves, e ainda por cima sem provas. – Um pouco irritado.

  – Daryl, Lois tem razão. Como podes ter essa certeza? – Começando a ficar zangada comigo.

  – Basta apenas olhar para ele e o seu grupo. – Dando um passo em direcção a Lois, agarrando-lhe pelo colarinho.

  – Pára com isso Daryl, JÁ CHEGA!!!! – Empurrando-me para trás.

  – Hum... – Bufando. - Como queiras. – Soltando-o.

  – Meu, afinal o que se passa contigo? Estás com ciúmes ou quê? – Com a mão no pescoço.
Afastei-me deles, voltando-lhe costas.

  – Daryl...espera.... – Chamando-me.

  – Não vale a pena, Tsubaki deixa-o ir. Alias ele nunca fez intenção de fazer parte deste grupo e agora quer separa-lo com acusações sem fundamento.

Regressei para junto de Merle que já estava acordado.

  – Como é bom acordar com a discussões dos outros – Rindo-se.

  – Vou já preparar as coisas para amanhã. – Num tom zangado.

  – É pá!!! Acordas-te com os pés de fora ou quê?

Nada disse apenas continuei a arrumar as minhas coisas. Algum tempo depois Tsubaki aproxima-se de nós.

  – Daryl, podemos falar? – Com os olhos semicerrados.

  – Penso que já falamos tudo, não? – Agressivo para ela.

  – Por favor...

  – Bem eu ver se as senhoras já se levantara-se para o nosso ultimo treino. – Indo-se embora.

  – Daryl, por favor explica-me que cena foi aquela, afinal?

Não respondi-lhe. O silencio pôs-se entre nós.

  – Não dizes nada... – Ainda á espera da minha resposta.

  – O que queiras que diga, que não suporto ver aquele tipo á tua volta e...

Ela olha-me surpreendida, mas ao mesmo tempo desapontada com a minha atitude infantil com os braços cruzados.

  –.... que acreditas mais nele do que em mim. – Olhando-a serio. – Mas afinal em que lado estás?

  – Eu não estou no lado de ninguém, - Descruzando os braços. – e também acho que a violência não leva a lado nenhum.

  – Ok, mas deixa-me lembra-te de uma coisa , as consequências que acontecer no futuro a culpa será tua.

  – Se vais começar outra vez, com a mesma conversa vou me embora.

  – Como querias, por mim é indiferente. – Desprezando-a totalmente a sua presença. - Já agora, se fosse Jiro a pedir-te para ires embora, tu iria?

De súbito a expressão facial de Tsubaki fica um pouco mais pesada e pensativa.

  – Eu....- Semicerrando os olhos.

Senti-me um pouco mal pela pergunta que lhe fizera pois ela ainda estava em luto, mas ela tinha de perceber que eu apenas estou preocupado com seu bem estar.

  – O que fazias? – Sendo um pouco frio.

  – Acho que devia dar uma oportunidade a eles.

Sorri-me pois não acreditava na resposta tão ingénua dela.

  – Tu não fazer a mínima ideia, o que poderá acontecer ao teu grupo, se avançar com essa decisão. – Num tom serio. – Nem todas as pessoas são iguais ás que tens no teu grupo, muitos de nós mudam para pior. Eles não são exceção.

Tsubaki nada disse apenas agarrou as suas mãos. Dei um suspiro profundo.

  – Eu apenas quero que percebas, que preocupe-mo contigo e não quero que a aconteça nada de mal, depois da minha partida. – Aproximando-me dela poisando a minha mão no seu rosto, com os olhos semicerrados.

O que fazia não estava certo, era suposto afastar-me dela, mas era mais forte que eu. Eu queria tê-la junto de mim, nos meus braços. Tsubaki olha-me, acaricio ligeiramente rosto dela, olhar penetrante dela fez com que semicerra-se ainda mais os olhos. O curto espaço entre os nossos lábios diminuíam a cada segundo, mas no ultimo momento desisti de prosseguir, simplesmente retirei a mão do rosto dela virando-me para o lado.

  – É melhores ires embora.

É melhor ser assim.

  – Porque não o fizeste? – Surpreendida com a minha reação.

  – Não está certo.

  – Não compreendendo o que estás a dizer...

Suspirei.

  – Isto nunca devia ter acontecido, foi um erro.

 – Então porque abraçaste-me ontem? Porque não ignoraste-me simplesmente? – Seria.
Fiz silencio.

  – É porque tu também tens sentimentos por mim, não é? – A espera que eu responde-se. - Mas não o admites por causa do teu irmão, é isso não é?

Olhei para ela, com algum sofrimento.

  – Eu compreendo que escolhas a ele, e também compreendo o porquê de estares a agir assim.

Posei o meu olhar sobre o chão.

  – Tu também não queres sofrer com está despedida.

  – É melhor ires.

Tsubaki nesse momento aproxima-se de mim, beijando-me suavemente o canto dos lábios por duas vezes, como gostava de responde-lhe ao beijo, o leve e doce aroma era cada vez mais gostoso.

  – Pára. – Afastando-a de mim impedido-a de continuar. – Acredita que é melhor assim.
Semicerrou os olhos com ligeiro sorriso amargo.

  – Penso que as vezes deveríamos ouvir o que o nosso coração diz, nem sempre a razão é a resposta a tudo. – Com alguma tristeza, na voz.

O silencio abraçou-nos durante algum tempo. Foi Lois quem o quebrou.

  – Tsubaki, Theo precisa de ti agora. – Um pouco preocupado.

  – O que aconteceu?

  – Acho que ele fez algum movimento brusco e abriu a ferida novamente.

  – O quê?! – Preocupada.

Os dois corram para junto da casa, por breves momentos poisei o meu olhar em Lois e pensei, Será que fiz mal em julga-lo só pela aparência? Poderá ele ser uma boa pessoa? O tempo por si passou, nem muito de presa, nem muito devagar. Lois e Tsubaki conversavam cá fora, por vezes riam-se os dois.

Talvez Tsubaki tinha razão a seu respeito.

Afastei-me do nosso acampamento, fui para um sito isolado, lá sentei ao pé do tronco de uma árvore encostando a minha cabeça nela, passava as minhas mãos pelo meu rosto e cabelo a pensar seriamente o que iria fazer. Se voltaria á minha vida antiga ou ficaria com a pessoa de quem gosto e desejo. Seguir a razão ou seguir o coração. Suspirei enquanto observava o entardecer a pintar a paisagem.

Voltei as nossas tendas, Merle já estava junto á fogueira. O grupo de Tsubaki também estava de volta da fogueira, por vezes ela olhava-me com os olhos semicerrados. Mesmo que eu não quisesse admitir a mim mesmo já estava a provar um pouco do sofrimento.

  – Já preparas-te todas as coisas para o grande dia?

  – Sim. – Num tom baixo.

  – Mas o que se passa, não estás feliz por voltares á nossa antiga vida?

  – Sim, estou claro. – Olhando para as minhas mãos.

Merle encolhe os ombros, e entra na sua tenda. A brisa noturna, era agradável, depois de todos irem-se deitar eu ainda estava de volta da fogueira, retiro a pequena flor do meu bolso que Tsubaki tinha-me dado, cheirei-a, como ela agradável, por longos minutos observava fixamente. Pergunto-me se este é o caminho mais acertado em seguir.....
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