segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Um Pequeno Mal Entendimento


Titulo: Um Pequeno Mal Entendimento
Autor: A.L.
Categoria: Original
Géneros: Comédia, Romance, Yaoi
Idade: 18+
Serie: Book With One-Shot's

Sinopse:

“O que acontece quando cometemos um pequeno erro insignificante?"

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Capitulo Único - Um Pequeno Mal Entendimento

Como odeio acordar cedo, levanto-me sempre com muita dificuldade e sonolento.
Pôs-me a caminho da casa de banho para refrescar o meu rosto ensonado, para acordar de um vez por todas.

Tomei o pequeno-almoço devagar, já que o “resmunga-o” da casa não estava. Porque quando está é sempre todo á presa o que odeio.

Enquanto comia o meu telemóvel começou a tocou, vi quem era, fiz logo cara de enterro, pois era o “resmunga-o” Ryutarou Shiroyama.

Ele é amigo de faculdade do meu irmão. Para meu azar tive de ficar em casa dele, por causa do estágio da faculdade do meu irmão.

No dia em que o meu irmão falou com ele, reprovou-me logo.

  – É só por uns meses, ele pode ajudar-te nas tarefas domesticas. – Tentando convence-lo.

  – Ok, - Suspirando. - ele pode ficar mas só porque é o teu irmão.

  – Obrigada Ryutarou, fico a dever-te esta. – Contentíssimo. – Koji – Aproximando-se de mim. – vais ter de ficar aqui durante alguns meses, com Ryutarou. – Olhei-o. – Não te preocupes ele é boa pessoa.

Não sei a onde é que o meu irmão viu a bondade nele, até agora a única “bondade” que vi dele, foi em dar-me ordens para tudo, é muito irritante mas tenho que aguentar, é só mais por uns meses.

Atendi.

  – POR QUE RAIOS É QUE DEMORAS-TE TANTO A ATENDER!!!!! – Gritando-me ao ouvido.

Meu deus quase fiquei surdo.

  – O que queres afinal?

  – Que comer um sukiyaki, ao jantar por isso vai comprar os ingredientes.

Mas que grande lata.

  – Ok, não te preocupes.

Olhei irritado para o calendário pois sabia que amanhã o “resmunga-o” fazia anos. Para dizer a verdade não tenho a mínima vontade de lhe oferecer nada.

Vesti-me para ir para a escola, lá consigo abstrair-me um pouco, bem como no meu part-time. O tempo parece que voa quando não estou em casa.

Quando acabei o meu turno foi ao supermercado, lembro-me como o meu irmão falava sempre dele positivamente. Quando anuncio-me que tinha de ir para fora por causa do estágio da faculdade, e que tinha de ficar com ele não pôs nenhuma objecção. Mas agora arrependo-me por ter ficado calado.

Em casa as luzes já estavam acesas, fiquei logo sem vontade de ir para casa. Cada passo que dava prolongava mais a caminhada. Abri a porta lá estava ele a ver TV.

  – Porque demoras-te tanto, tenho fome? – Exigindo sem olhar para mim.

Cá vamos nós outra vez.

  – Ok, tem calma vou já fazer. – Dirigindo-me á cozinha sem grande vontade.

Como tenho saudades do meu irmão. O tempo parecia que não queria passar.

  – Hum... que cheirinho já se sente bem. – Ao meu lado.

  – Mas que raio?!?!?! – Assustando-me deixando cair água a ferver em cima da mão de Ryutarou. – Desculpa-me!!! – Pegando rapidamente na mão dele pondo-lhe em água fria.

Fui buscar uma pequena ligadura e creme para queimaduras. Na cozinha Ryutarou estava sentado em uma das cadeiras.

  – Já viste o que aconteceu, por teres-me assustado. – Pondo-lhe a pomada na mão.

  – A culpa é tua, por seres um medricas de primeira categoria. – Com a bochecha poisada na palma da mão, olhando-me com algum desprezo.

Aquilo foi a ultima gota. Levantei-me quando acabei de lhe por a ligadura á volta da mão.

  – Já chega!!!! Estou farto!!!! – Com o punho fechado, irritado. – Está é a ultima vez que me tratas assim. – Virando-lhe costas. – Vou-me embora, daqui de vez.

  – Para onde vais? – Não levando-me a serio.

  – Para qualquer lado menos aqui.

No meu quarto comecei a fazer a mala com grande velocidade, na porta principal Ryutarou bloqueava a passagem com os braços cruzados.

  – Podes sair da frente? – Não encarando-o.

  – E se eu não o fizer, o que fazes? – Com tom desafiante.

  – Irei tirar-te á força. – Determinado.

O riso dele deixou-me ainda mais determinado. Tentei afasta-lo da porta, com toda as minhas forças, apenas movi-o escassos centímetros.

  – É só isso que consegues fazer. – Rindo-se.

Sentei-me na entrada porque sabia que não ia para nenhum lado.

  – Afinal diz o porquê de tratas-me assim? Que eu saiba nunca te fiz mal nenhum. – Olhando para ele.

Nada disse apenas olhava-me com olhar profundo. Foi nesse instante que investi outra vez nele, agora com mais efeito. O que não contava é que Ryutarou investi-se contra mim. Prendendo-me os dois pulsos ao chão da casa, ficando sobre mim a olhar-me fixamente.

  – Solta-me. – Tentando.

  – Ainda não compreendes-te.

  – Do que estás a falar? – Não percebendo.

Nesse momento os lábios de Ryutarou envolvem os meus, surpreendendo-me. O beijo dele era tão profundo, que me deixei levar pelo momento.

  – Eu gosto de ti Koji. – Deixando-me um pouco ofegante.

Ele gosta de mim? Mas como? Sempre pensei que me odeia-se, por causa da maneira como tratava-me.

  – Não me odeias? – Disse num tom baixo.

  – A onde tiras-te essa ideia? – Soltando-me.

Agora é que não estou aperceber nada.

  – A onde tirei?!- Olhando feito parvo.

  – Sim – Sentando-se ao meu lado.

  – Hum.... – Á procura de uma resposta melhor.

Ryutarou suspira desiludido, sentando-se no soalho de madeira ao meu lado.

  – Lembras-te do dia em que conhecemo-nos em casa do teu irmão?

  – Sim, mas o que tem? – Não chegando lá, sentando-me também no soalho.

  – Eu tive logo um fraquinho por ti. – Um pouco envergonhado, desviando o olhar.

Como é possível que este homem fique tão fofo envergonhado.

  – Eu era para ter dito-te nesse dia se querias sair comigo, mas por sem queres eu ouvi-te falar, com alguém. Disseste não gostava de homem muito meigos nem muito passivos, por isso é que mudei a minha maneira de ser contigo.

Fiquei boquiaberto, com a explicação dele.

  – Percebes-te todo mal Ryutarou.- Aproximando-me dele. – Aquilo que ouvis-te foi um dialgo de uma fic minha. – Explicando-lhe.

  – De uma Fic tua? – Surpreendido.

  – Sim, eu quando estou escrevo histórias tenho a mania de falar alto quando faço os diálogos das personagens.

Ryutarou não sabe o que responder apenas põe a mão no rosto e começa a rir-se.

 – Desculpa-me se criei alguma confusão na tua cabeça, não era a minha intenção. – Sorrindo-me.

Ryutarou abraça-me com força.

  – Quando o teu irmão disse que vinhas para cá fiquei super contente, porque era a minha oportunidade de ficar junto a ti. – Num tom reconfortante. – Quando vi-te determinado a ires-te embora, não sabia o que fazer para impedir-te.

Nesse momento abracei Ryutarou tranquilizando-o. Esta confusão toda por causa da minha boca grande.

Ryutarou beijar-me outra vez nos lábios, passando para o meu pescoço, com toque suave, deita-me no chão continuou a beijar-me ao longo do meu corpo. Soltava pequenos gemidos nas zonas mais sensíveis por onde Ryutarou tocava-me.

 – Espera Ryutarou. – Parando-o um pouco preocupado.

  – Não te preocupes, Koji, eu serei gentil. – Sussurrando-me ao ouvido.

Esta foi a minha primeira vez, não sei descrever o conjunto de emoções que senti naquele momento foi algo incrível que nunca esquecerei.

Na manhã seguinte acordei em na cama dele, Ryutarou já não se encontrava lá, senti um leve cheiro a comida. Desci até á cozinha.

  – Bom dia Koji. – Sentado á mesa.

Fiquei espantado, pela variedade de comida que havia em cima da mesa.

  – Foste que fizeste isto todo?

  – Sim, achavas que eras o único a saber cozinhar? – Sorrindo-se.

De repente lembrei-me que com todo isto esqueci-me de lhe comprar um presente de aniversario.

  – O que se passa por que estás tão agitado? – Intrigado.

  – Ainda perguntas, sabes que dia é hoje?

  – Sim dia 19 de Novembro.

Fiquei um pouco desiludido com a resposta vaga dele.

  – Hoje é teu aniversario. – Explicando-lhe. - e ainda não comprei-te nada. – Voltando-me de costas para ele.

Ryutarou abraça-me pelas costas rindo-se baixinho.

  – Não te preocupes com isso, a tua presença já é um grande presente para mim.

Fiquei todo vermelho que nem um tomate. Reparei que a ligadura da mão dele estava a sair.

  – A ligadura?!

Este observou-a.

  – Senta-te ai que eu vou buscar uma nova.

Trouxe para a cozinha o estojo de primeiros socorro, Ryutarou dá-me a mão dele, para fazer-lhe o curativo, vi que queimadura sarava bem.

  – Mais uns dia, e a tua mão fica nova outra vez. – Sorrindo-me.

  – Obrigada. – Num tom profundo.

È a primeira vez que ele agradece-me. Agora sim este é Ryutarou de que o meu irmão falava-me sempre.

  – De nada. – Corando. – Estás pronto. – Acabando.

Ryutarou continuou a comer o pequeno almoço, enquanto fui ao quarto. Lembrei-me que na minha mala tinha um cachecol em tons escuros, nunca gostei muito dele por ser escuro. Peguei nele e achei que seria ideal para o Ryutarou já que adora roupa escura. Improvisei um embrulho que lá tinha e fui ter com ele.

  – Ryutarou, toma isto é para ti. – Entregando o embrulho.

  – Eu não te tinha dito que não era preciso. - Hesitante.

 – Mas aceita, por favor.

  – Se insistes... – Pegando nele.

Abriu o embrulho esboçando um sorriso.

  – Era para tê-lo deitado fora, mas eu nunca mais lembrei-me dele até hoje. Eu sei que gostas de tons escuros, foi por isso que ofereci-te.

  – Adorei, obrigada. – Levantando-se da cadeira envolvendo-me nos braços dele.

  – Parabéns Ryutarou.

Talvez agora os dias não custem tanto a passar como dantes.

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