terça-feira, 20 de março de 2012

CAP 02 - A New Feeling?

O percurso até Cimarron não tardou em terminar, porque a via rápida estava cheia de carros abandonados a bloquear a passagem.

  – Mas que merda!!! – Diz Merle irritado com a situação. - A nossa única solução neste momento é irmos a pé até Cimarron. – Tirando a mochila dele e armas.

Tsubaki saio também da carrinha.

  – Pergunta ai á tua amiga se sabe manejar alguma arma. – Diz Merle num tom baixo.

Aproximei-me dela, perguntei-lhe, está diz que não, faço sinal ao meu irmão respondendo-lhe á pergunta. Ele aproxima-se.

  – Miúda, um aviso se não acompanhares o nosso ritmo deixamos-te para trás sem hesitar. – Num tom serio.

  – Ok. – Tsubaki num tom baixo.

  – Penso que deveríamos ir pelo bosque, ao menos lá estamos mais seguros e podemos esconder nos arbustos. – Olhando para bosque. – Tenho a certeza que dará á cidade.

Passamos sobre as faixas de segurança da via rápida descendo uma pequena vala até terra firme. Meu irmão é quem liderava o caminho, enquanto eu ia atrás e Tsubaki no meio de nós. Vi que ela estava um pouco insegura connosco, pelo caminho ouvimos um pequeno riacho.

  – Parem!!! – Ordenou Merle. – Parece que alguém passou por aqui.

  – Olhando para um pequeno arbusto, a onde seus ramos estavam quebrados. –Pela seiva fresca que está aqui não foi á muito tempo. – Voltando-se para nós.- Deve andar aqui algum morto. – Com sorriso nos lábios.

Prosseguimos com o nosso caminho pelo bosque sem grandes preocupações. Penso que pelo menos andamos umas 3 horas e 30, isto por causa do posicionamento do sol. Reparei que Tsubaki começava a ficar ofegante, mas mesmo assim ela continuava ao nosso ritmo, até que as suas pernas cederam por completo.

  – Penso que não esqueces-te do que disse, certo?

  – Sim não me esqueci. – Levantando-se com alguma dificuldade. – Podemos continuar.

Merle recomeçou outra vez andar a passo rápido, mas Tsubaki andava lentamente apesar de querer acompanhar nosso ritmo. No horizonte o sol já começava-se a pôr.

  – Teremos de acompanhar aqui. – Diz Merle poisando a mochila. – Meu rapaz vai á procura de lenha que eu trato do nosso perímetro de segurança. – Olhando-me.

  – Ok.

  – E eu? – Diz Tsubaki – Em que posso ajudar?

  – Bem tu....tu....- Pensando. – Sabes fazer uma fogueira?

  – Não. – Um pouco desapontada com a sua resposta.

  – Então....hum....

  – Ela pode vir comigo encher as garrafas de agua no rio aqui próximo. – Disse pegando na minha arma.

Merle sorri-se com ar pervertido.

  – Espero que aproveites bem. – Rindo-se enquanto começar a marcar o perímetro.

  – Como querias. – Virando-lhe costas com desprezo.

Tsubaki acompanhou-me a bom ritmo, mas por pouco tempo pois ainda não tinha recuperado o folgo a cem porcento. O som da agua acorrer indicou-nos que estávamos perto, para minha surpresa havia pequenos troncos de iam dar jeito para a fogueira. Dei a Tsubaki as garrafas que eram para encher. Como ela tinha uma subtileza incrível e cuidada na execução da tarefa.

  – As garrafas já estão. – Com sorriso nos lábios.

  – Ok, isto deve chegar para a fogueira. – Com três troncos médios, por baixo dos meus braços.

  – Queres que te ajude a levar algum tronco?

  – Não é preciso, alias ainda não recuperas-te o teu folgo a cem porcento e isso só iria atrasar. – Num tom pouco brusco.

Nada disse Tsubaki apenas olhou para o chão com as garrafas ao colo.

  – Vamos.

Pelo caminho de regresso vi claramente que Tsubaki estava um pouco magoada. Talvez fui um pouco brusco com ela. Ao aproximar-mos do acampamento um terrível odor pairava no ar. Um odor a podre a cadáver em decomposição.

  – Sejam bem aparecidos. – Dando uns últimos toques nas pedras que circulavam o acampamento. – De certeza que eles não atreveram vir até aqui. O nosso cheiro será disfarçado com este que paira no ar. Tive sorte em encontrar um aqui a vaguear.

  – Vou fazer a fogueira. – Disse poisando a lenha, aonde iria realizar a tarefa.

Merle começou a montar as tendas, enquanto Tsubaki poisava as garrafas e observava-me a fazer a fogueira atentamente.

  – Incrível. Eu nunca foi muito boa em acampamentos, o meu ex-noivo é que é.

  – Hum.... – Sem muito interesse no que dizia.

  – Estou desejosa por chegar a Cimarron, para poder vê-los.

  – Afinal o que fazias naquela farmácia abandonada? – Um pouco curioso.

  – Bem é que eu e meu ex-noivo somos os únicos do grupo que tem conhecimentos médicos, ele pediu-me que fosse juntamente com um grupo para ir buscar medicamentes – Explicando-se. – mas fomos surpreendidos pelos mortos, e depois todo aconteceu tão depressa. A única coisa que lembro-me fui do meu corpo estar paralisado pelo medo e .... – Franzido o sobrolho. – Já estava lá alguns dias, talvez á dois, não sei bem....

Nesse momento o estômago de Tsubaki range por ter fome, ela cora um pouco envergonhada.

  – Toma. – Atirando-lhe um snack.

Olha-me surpreendida pela minha acção.

  – Obrigada. – Agarrando gentilmente o snack.

Em poucos segundos devorou o snack com grande satisfação.

  – Delicioso.

  – Bem eu vou caçar antes que anoiteça de vez. – Diz Merle, preparando-se para sair.

  – Espera – Aproximando-me dele. - e ela?

  – O que tem? – Desprezando-a. – Eu não sou pai dela, ela terá de se desenvencilhar. – Voltando-me as costas.

  – Por favor espera. – Tsubaki aproximando-se de nós. – Peço-te, que tragas também para mim. – Com olhar suplicante. – Eu posso pagar-te com mantimentos ou munições assim que chegarmos Cimarron. – Com algum desespero na voz.

  – Gosto dessa proposta. Sendo assim, todo bem. – Sorrindo-se para ela. – Vou indo.
Tsubaki senta-se no chão a olhar a fogueira.

  – Eu gostava de poder ser mais útil no campo de batalha. – Pondo seus braços á volta dos joelhos com o queixo sobre eles. – Meu pai nunca deixou-me manusear qualquer tipo de armas dizia-me sempre que era coisas de homens, as mulheres não tinham esse direito. Como era antiquado. Para dizer a verdade não tenho nenhuma saudades dele.

Nada disse, apenas fiquei em alerta máxima para um possível imprevisto. A noite já se via e com ela troce uma leve brisa fria, Merle chega, trazendo consigo um par de esquilos e umas rãs selvagens. Preparou-os para assa-los.

  – Espero que te agrade. – Sentando-se ao pé da fogueira a observar a comida.

  – Claro que sim, é não te preocupes. – Diz Tsubaki.

  – Meu rapaz, hoje dou-te a honra de fazeres o primeiro turno. – Olhando para mim.

  – Ok não te preocupes. – Pegando num esquilo assado pronto a comer.

Merle pega nas perninhas de rã para comer, bem como Tsubaki. A sua forma de comer era bastante elegante, apercebi-me que ela de algum modo estava agora a gostava da nossa companhia.

  – Que delicia. – Diz Merle. – Agora para acabar em beleza, nada melhor que uma boa pinga. – Tirando um pequeno frasco de Whisk. – Vou deitar-me. – Ao encontro da sua tenda.

Durante algum tempo nós os dois não dissemos nada, apenas a chama da fogueira preenchia os nossos olhos semicerrados. Vi que ela encolhia-se um pouco. Será que tem frio? Levantei-me até á minha tenda de lá tirei uma pequena manta.

  – Toma, põe isto. – Entregando-lhe e sentando-me ao lado dela.

  – Obrigada. – Com pequeno sorriso.- E tu não tens frio? – Um pouco preocupada.

  – Nem por isso, estou habituado a está brisa. – Contemplando a chama da fogueira.

  – De onde és? – Curiosa.

Demorei algum tempo a responder-lhe, até que ela acabou por desistir da pergunta.

  – Os meus pais emigraram para a América quando tinha 12 anos, nunca foi a favor da mudança, após a minha mãe morrer, meu pai e eu nunca tive uma relação de pai e filha. Talvez por ter nascido rapariga. – Rindo-se com amargura. – Sempre quis ter irmãos mais novos ou velhos, mas nunca tive. Tu e Merle parecem darem-se bem.

Não estava nem um pouco de acordo com a observação dela, nunca eide esquecer-me daquele dia em meu irmão abandonou-me na floresta. Tive quase suas semanas sem comer ou beber como deve ser, mas graças isso tornei-me mais independente.

  – Deve ser fantástico ter um irmão que se preocupa connosco.

  – Não fales do que não sabes. – Num tom brusco para ela, levando-me com sobrolho franzido.

  – Peço desculpa, não queria....- Arrependida por ter perguntado.

A expressão de tristeza dela, fez-me ver que talvez tenha ido longe de mais da maneira como respondi-lhe.

  – Eu apenas estou com o meu irmão porque sozinho não iria sobreviver neste inferno. – Sentando-me outra vez ao pé dela.

  – Compreendo. – Olhando para mim, a brisa da noite fez com que o cabelo dela dança-se.

  – Desculpa-me por ter respondido mal. – Num tom mais calmo.

  – Sabes o que dizer Tsubaki, Daryl?

  – Hum....- Pensando.

  – Camélia. Dizem que não tem cheiro, mas têm vários tons de cor. Na minha antiga casa no Japão tínhamos varias no jardim. Foi a minha mãe quem baptizou-me com esse nome, ela sempre disse-me que todas as camélias tem um cheiro especial. Como tenho saudades dela, e tu também tens saudades da tua família?

  – Porque queres saber isso? – Um pouco irritado.

  – Ok, eu não faço mais perguntas até ao amanhecer!!!

A noite estava calma, sem grandes alarmes, por vezes Tsunbaki bocejava.

  – Se quiseres podes ir deitar-te na minha tenda. – Apontando-lhe.

  – Então aonde dormes tu? – Curiosa.

  – O que aconteceu ao “não vou fazer mais perguntas até ao amanhecer”?

  – Compreendido.

Tsubaki entra na minha tenda e Merle sai da dele, para substituir-me na vigilância.

  – Esta noite ainda só é uma criança. – Num tom pervertido.

Nada disse apenas levantei-me para ir dormir, dentro da tenda Tsubaki olha-me surpreendida, sentei-me no chão, despi a camisola que tinha vestida, ela virou-se de costas para mim um pouco corada. Não liguei muito á atitude dela, senti um ligeiro ardor no braço, soltei um ligeiro gemido.

  – Oh!!! – Diz Tsubaki voltando-se para mim. – Deixa-me ver. – Pondo a sua mão no meu braço.

  – Não é preciso. – Soltando-me dela com alguma brusquidão. – Vai dormir que amanhã termos um longo dia pela frente.

  – Por favor deixa-me ver, se isso infecta será pior. – Num tom serio. – Eu sei do que estou a falar.

  – Como queiras, se te faz mais feliz.- Cedendo.

Dentro do bolso da camisa ela retira uma pequena embalagem. Talvez fosse uma pomada. Como era meiga a pô-la, via-se que tinha gosto no que fazia. Nossos olhares cruzaram-se, por alguns segundos, senti algo diferente em mim, foi uma sensação diferente de quando estou no campo de batalha não ser explicar bem.

  – É o mínimo que posso fazer. Já está. – Satisfeita.

  – Obrigada. – Vendo a ferida.

  – Ora essa, - Rindo-se.- Boa noite. –Deitando-se de costas para mim.

Nada disse apenas deitei-me, a respiração dela era inaudível. Voltei-me de barriga para cima com a nuca apoiada nas mãos. Por algum motivo o sono não vinha, virei o meu rosto, para ela a pele branca do rosto dela era quase prefeita. Para dizer a verdade já muito tempo que não dormia “acompanhado”. Se quisesse poderia ter tornado Tsubaki minha, mas não sou demasiado “mau” a esse ponto para faze-lo ao contrario do meu irmão que é bem capaz.

De qualquer forma, manhã ela ira seguir o caminho dela e o nós o nosso.

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quinta-feira, 15 de março de 2012

CAP 01 - Tsubaki Lika

Desde que a epidemia começou o mundo que conhece-mos já á muito acabou, eu e o meu irmão mais velho Merle, vimos, o começo da exterminação da raça humana. O primeiro infectado que matei foi o nosso pai, para dizer a verdade foi-me muito fácil de o fazer, já que ele e eu não tínhamos uma ligação muita emocional um com o outro. Mas com o meu irmão as coisas eram diferentes, ele ficou um pouco deprimido com a morte dele.

Eu e Merle obtámos pela vida nómada, não ficamos mais de três dias no mesmo sitio, pelas zonas que parávamos abastecíamos com o que fosse útil.

Nos encontros que tinha-mos com mortos-vivos descobrimos que o barulho de armas ou até mesmo outro instrumento que produzi-se som atrai-os, por isso obtámos ter encontros corpo a corpo com eles e só em ultimo caso usar armas de fogo.

O luar da noite lembrou de que os três dias de estadia em Garden City tinham chegado ao fim. O nosso refugio era uma velha casa não muito grande, mas um pouco degradada. Todas as janelas da casa estavam seladas por tiras de madeira.

Não era zona era muito movimentada, mas de vez em quando aparecia um ou outro morto-vivo a vaguear pelas redondeza.

Nós fazemos sempre turnos de vigilância durante a noite, isto porque os mortos tornam-se mais activo nessa altura.

Para diz a verdade não me preocupo muito com o futuro, apenas tenho que sobreviver o dia a dia.

  – Ei rapaz, porque olhas fixamente para a navalha? Estás á espera que aconteça algum milagre? – Diz Merle rindo-se num tom irónico.

  – Nem por isso. Apenas quero ir dormir, já que amanhã estamos de partida. – Olhando para ele, com um pouco de desprezo.

  – Então vai dorme bem meu rapaz, porque amanhã iremos ter um longo caminho a para fazer. – Levantando-se da cama espreguiçando-se.

Arrumei a navalha no meu bolso, olhei para o meu irmão este apenas sorria-se a olhar os mortos.

  – Pobres ratos, nem sabem a onde cair mortos.

Deitei-me. Meu pai sempre olhou-o como filho favorito, já que ele era muito parecido com ele. Todas as vezes que íamos á caça o meu pai nunca elogiou-me, uma única vez, dizia sempre que eu parecia mais uma rapariga a caçar do que um homem. Houve uma vez que eu e o meu pai discutimos violentamente a única coisa que lhe disse naquela vez foi que seria eu a mete-lhe uma bala no crânio se ele não muda-se de atitude comigo. Como a ironia do destino é lixada.

Os raios de sol acordaram-me. Merle já estava pronto, comia um snack.

  – Estava haver que “a bela adormecida” nunca mais ia acordar. – Olhando para mim. – Toma. – Passando-me um snack.

Após comermos, observamos atentamente se havia algum morto por perto. Nada indicava a presença de algum.

  – Bem, isto é a nossa saída, daqui. – Levantando-se.

Cá fora a temperatura é amena. Para nossa sorte a uns metro dali encontrava-se uma velha carrinha.

  – Parece que a nossa viagem não vai ser assim tão difícil e longa. – Otimista.

Merle abre a porta do condutor, liga a carrinha da forma tradicional, isto é como se tivesse a roubar a carrinha.

  – Vais entra ou vais ficar a ver?

Entrei, fomos os em silencio pelo caminho. Já vimos vários grupos de sobreviventes nas nossas viagens, muitos deles amostravam o pavor nos seus olhos, nós nunca tivemos intenção de nos juntarmos a eles, alias isso só iria atrapalhar-nos, apesar de não ter-mos um destino definido.

Da terra batida passamos para uma estrada de alcatrão e dela passamos para uma via rápida, antes de prosseguirmos, fizemos um breve análise dos mantimentos primários como primeiros socorros, comida, água e munições.

  – Temos falta de primeiros socorros. – Disse.

  – Ok, então vamos até Ingalls.

Os 40 km que separavam Garden City de Ingalls passaram num instante, a paisagem era sempre a mesma, desértica por vezes viamos alguns carros na estrada abandonados ou então alguns mortos-vivos parados a fazer nada.

  – Aqui estamos.

  – Mais uma cidade fantasma. – Disse.

  – Ou então mais uma cidade para treinar a técnica. – Empolgado.

Saímos da carrinha, o silencio do local era tão monótono, apenas o som do vento nos saudava.

  – Vamos dar uma vista de olhos. – Diz Merle a tirar a sua navalha de cabo preto do bolso.

  – Ok. – Posicionado a minha arma de flechas de arco automática em sentido.

Caminhava-mos lado a lado um do outro, com passos lentos em alerta máxima até á primeira farmácia que encontramos.

  – Vai tu lá dentro rapaz, que eu fico aqui. – Diz Merle ordenando.

Não gostei da atitude dele, mas parecia o nosso pai.

  – Ok.

Abri a porta da farmácia, pela poeira que pairava no ar a loja já estava á muito tempo abandonada, mas as prateleiras em si estavam cheias de caixas de medicamentos.

  – Analgésicos, inflamantes e compressas. – Pondo as caixas dentro da mala que trouxera.

De súbito ouço algo a cair no chão pôs-me logo em alerta, com a minha arma de flechas automáticas na mão, aproximei-me lentamente do local de onde veio o barulho, olhei para um lado e para outro mas nada, até que vi uma sombra de alguém.

  – Aparece!!!! – Disse em voz alta.

A sombra levanta-se vi que tinha formas femininas.

  – Por favor não dispares. – Com uma voz tremula. – Eu apenas estava....

De seguida um morto aparece, a mulher grita apavorada.

  – ABAIXA-TE!!!!

E foi o que fez. A flecha que disparei acerta em cheio no crânio do morto, tombando para trás, ficando imóvel. A mulher cai de joelhos encolhendo-se toda, paralisada com medo.

  – Este já não é uma ameaça. – Retirando a flecha do crânio dele.

Vi que ela tinha traços asiáticos, o seu cabelo longo de cor escuro era liso como a seda, seus olhos verdes amostravam medo e receio. Eu virei-lhe costas, dando um pouco de desprezo a ela.

  – Espera. – Disse.

  – Hum. – Voltando-me para ela.

  – Será que posso ir contigo? – Num tom suplicante.

 – Hum... Não me parece. – Num tom frio.

Ela apenas olha para o chão desapontada com a minha resposta. Levanta-se com alguma dificuldade apoiando-se nas estantes metálicas, já que ainda tem as pernas a tremerem. Quando dirigi-me para saída aonde Merle esperava-me, ouço a estante a ceder, a mulher surpreendeu-se, a única que fiz por instinto foi puxa-la agarrando-a até a mim encostando ela á parede, para protege-la dos objetos que caiam sucessivamente da estante. Olhei-a, ela apenas olhou-me espantada, uma das suas mãos tocava-me no peito. Os nossos rostos estavam bem próximos um do outro.

 – Estás bem? – Disse afastando-me dela.

  – Sim, obrigada. – Um pouco corada.

  – Porque demoras tanto, rapaz? – Diz Merle num tom alto á entrada da farmácia. – E que barulheira foi essa? Por caso não sabes as consequências disso? – Um pouco irritado.

Nada disse apenas encaminhei-me para saída.

  – Por favor, deixa-me ir contigo. – Agarrando-me o braço com olhar suplicante.

Apenas solto-me da mão dela num movimento um pouco brusco, virando-lhe as costas.

  – Por favor. – Já em choro.

Parei. Voltei-me para ela, atrás dela vi mortos entrarem pelas traseiras.

  – Maldição. Anda depressa. – Agarrando-lhe o braço.

Cá fora o meu irmão estava encostado á carrinha.

  – Então era isso. – Rindo-se. – Até com chinocas o fazes. – Metendo-se comigo.

  – Liga o motor rápido eles estão ai. – Abrindo a porta de lado. – Entra ai.

E foi o que fez a mulher.

  – Aquele estrondo da estante deve tê-los atraio-os. – Entrando para o lugar da frente.

  – Vamos a isto. – Ligando o motor. – Miúda. – Olhando-a pelo retrovisor – isto após acalmar, tu seguiras o teu caminho e nós o nosso, compreendido?

  – Sim.

  – Já agora qual é teu nome? – Pergunta Merle.

  – Tsubaki Lika. – Um pouco envergonhada. – E vocês?

  – Eu sou Merle Dixon e ele Daryl Dixon.

Olhei-a pelo retrovisor, ela apenas deu-me sorriso.

  – Obrigada. – Disse.

  – Não tenhas a ideia erra disto, miúda. – Diz Merle num tom serio. – Qual é a aproxima cidade mais perto? – Perguntando-me.

 – Cimarron fica a 10 km daqui, é lá que está o meu grupo. – Diz a mulher.

  – Ok, assim abasteço a carrinha.

Pergunto-me porque terei a salvo, podia ter deixado a estante caído em cima dela. A expressão de pavor dela, fez lembrar-me a minha mãe, ela nunca fora feliz com o meu pai, mas ela sempre mantinha-se firme diante nós com um pequeno sorriso.

Vi Tsubaki olhar pela janela da carrinha de certo modo com olhar preocupado.

Mas de qualquer forma isto é só um pequeno imprevisto, que acabara rapidamente.
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Estreia: "Tiny Memories"


Mais uma nova fic!!!! ^^ Bem está aqui veio-me de um momento para outro assim do meu do nada. Alias já fazia algum tempo que queria faze-lo mas faltava-me certos ingredientes e criatividade, mas cá está. ADORO a interpretação de Norman Reedus em The Waking Dead para não falar que o AMO!!!!! Bem ignorem a ultima parte.

FIC

"Tiny Memories"


Autor: A.L.
Tipo de História: Long-Shot
Capítulos: 11/11
Categoria: The Walking Dead

Géneros: Acção, Drama, Horror, Romance, Terror, Tragédia
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Tortura, Violência
Personagens: Daryl Dixon
Idade: 18+
Serie: Just An Believer Tales:


Sinopse:


~Daryl x OC~

Conta o passado de Daryl, antes de juntar-se ao grupo de Shane. A onde conhece a mulher por quem se apaixona profundamente e que a recorda com alguma tristeza.

“Dizem que as camélias são flores que não têm cheiro, mas na verdade até têm. É um doce e leve aroma que nunca se esquece.”
 

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Capitulos:


CAP 01 - Tsubaki Lika
CAP 02 - A New Feeling?
CAP 03 - The Edge
CAP 04 - New Survivors
CAP 05 - Distrust and Certainties
CAP 06 - Between Reason and The Heart
CAP 07 - Farewell 
CAP 08 - Rescue
CAP 09 - True Feeling
CAP 10 - The End of a Chapter....
Epilogo - ....But a Beginning of Another

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